Como é a sensação de ficar tanto tempo longe da bola para um cara fominha como você, que não gosta de perder nem um simples treino?
É difícil. Nas primeiras semanas, com a perna imobilizada, na cama, pude participar pela primeira vez na minha vida da rotina da minha casa; com minha mulher, minhas filhas. Foi legal. A segunda etapa, a fisioterapia controlada no CT, foi uma tortura. Sentia dor, os exercícios eram sempre os mesmos. Na terceira etapa, com piscina e outras atividades, foi mais interessante. Agora, o momento da volta já está mais próximo.
Você já se sente pronto para jogar? Não tem mais dor?
Ainda sinto dor. Tem dias que eu não sinto nada, mas não é sempre assim. Ainda falta um pouquinho. Quero voltar com calma, sem risco de ter uma lesão muscular, o que atrasaria todo o processo. Quero voltar bem, no peso, preparado para jogar mais três anos em alto nível.
O momento péssimo do time não pode apressar esse retorno?
Pois é. Não pode. Eu quero poder ajudar o mais rápido possível o Ricardo (Gomes, novo técnico do São Paulo). É um sujeito legal, bacana. Chegou há pouco tempo. Queria muito poder ajudar nesse momento. Sei bem o que ele está passando. Vida de goleiro é difícil. Mas vida de técnico é muito mais.
É verdade que você foi sondado para ser técnico do time após a saída do Muricy?
Não! Nem aceitaria. Perderia o respeito que tenho por parte dos companheiros. Sou jogador, como eles. Só pensarei na possibilidade de ser treinador quando parar de jogar futebol. Não dá para conciliar as duas coisas.
Você acha que a diretoria do São Paulo deveria ter demitido Muricy?
Olha. Muricy, além de grande treinador, é meu amigo. Moramos próximos. Foi ele quem me deu a primeira chance, quem teve coragem de me deixar bater faltas. Mas é natural esse tipo de mudança no futebol. Ele vai seguir o ótimo trabalho dele em outro clube e depois possivelmente voltar um dia ao São Paulo. Eu estou sempre disposto a ajudar o próximo, no caso o Ricardo.
Você tem ido a alguns jogos no Morumbi incentivar os colegas, puxar o grito na boca do túnel...
Antes que você acabe a pergunta... Eu fui a todos os jogos do time no Morumbi. Estou procurando fazer o que posso para ajudar. Mas é complicado. Eu não defendo bolas com palavras. Eu ainda não posso entrar em campo...
Se você estivesse jogando, toleraria tanta reclamação pública e chiadeira de seus colegas?
Esse tipo de coisa vira notícia quando o time não ganha. Quando o time ganha, também tem reclamação, de gente que não quer ficar na reserva e tudo mais, e ninguém fica sabendo. O Souza reclamou de não ter jogado a final do Mundial, contra o Liverpool, em 2005, e ninguém deu destaque. O ambiente no São Paulo hoje não é ruim. Os jogadores do São Paulo se respeitam, convivem bem. Acredito que esse time ainda possa dar bons resultados, apesar de não ter encaixado.
O time perdeu a primeira da semifinal do Paulista para o Corinthians no finzinho. No dia seguinte, você fraturou o tornozelo. Foi aí que a derrocada começou?
Não acho. O time já não vinha encantando, apesar de alguns bons resultados na Libertadores e no Paulista, que é muito mais fraco que o Brasileiro. Foram muitos aspectos, muitas lesões. Além da minha, André, Rodrigo, Richarlyson, Renato Silva, Zé Luís... Seria muito presunçoso da minha parte atribuir o declínio da equipe à minha saída.
O São Paulo não conseguiu formar novos líderes e nem um novo capitão na sua ausência. Por quê?
Não é verdade. Temos um capitão agora, o André (André Dias, zagueiro). Ele tem comando. Observei ele incentivando o time antes de entrar em campo. Sabe trabalhar com as palavras. O Miranda, baita jogador, apesar de tímido, também exerce liderança. E o Hernanes também é um cara que sabe puxar o time para cima.
Falando em Hernanes, dá para explicar a queda vertiginosa dele?
Olha. O time inteirou caiu. Ele é um jogador espetacular, diferenciado, mas já é mais conhecido, está sendo marcado. Vai reagir. Tem grande capacidade técnica.
Você não vai escapar de falar sobre os goleiros do São Paulo. O Denis é mesmo seu potencial sucessor?
Ele é um goleiro muito técnico. Teve ótimo trabalho de base. O São Paulo tem goleiro para dez anos. Não vai precisar contratar. Além do Denis (22 anos), o Fabiano (21) e o Leonardo (19) também estariam prontos para jogar, quando eu e o Bosco (36 e 34 anos, respectivamente) não pudermos mais.
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